29/11/2007

Não faz mal nenhum...Mas chateia-me

Mandar pontapés na gramática é prática corrente nos dias de hoje. Seja em textos escritos, seja na fala quotidiana ouvem-se cada vez mais erros comuns.



Há tempos fui fazer análises e a médica disse-me, quando soube que eu era arqueólogo, que o que a fascinava mais era a "filigrama" grega e romana! Que diabo! Estava à espera que uma médica, que em princípio é mais instruída que um varredor de rua, dissesse filigrana, ou que, pelo menos, se calasse para não dizer disparates.



E mais... a páginas tantas ainda rematou com outra bujarda. Numa das visitas dela a Roma viu umas ruínas que o guia que a acompanhou disse terem sido "Bordéus" (em vez de bordéis). O guia até deve ter dito bem. Ela é que não!



Para além destas pequenas grandes coisas que me fazem logo rotular pessoas que não conheço de uma forma rapidamente involuntária, ainda há outras que, apesar de não serem tão graves, me irritam. Não por serem propriamente erros de gramática mas por serem falta de esforço na dicção oral.



Por que raio é que há pessoas que insistem em dizer "Salchichas" em vez de Salsichas e "Manchéchetér" em vez de "Manchéçetâr" (Manchester). É que o que aqui me irrita é o facto de, na maior parte dos casos, elas até saberem como é que se escreve. Só não se importam com o facto de parecerem idosos de 90 anos sem placa a pronunciar palavras...



E nem estou a falar das "Chalchichas"...

"Chiça!" (e não chixa) será assim tão difícil falar pelo menos com cuidado!?...

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