23/04/2008

Ao político

Veste forma de clássico cabide
E traz traje de gala prá labuta
Usa nó bem dado na fala
Reúne-se com outros na sala
Querendo mostrar a goma astuta

"É de nobres famílias" - pensamos!
Mui cordato senhor da fama...
Jamais imaginado
Daqueles que põem na lama
Os focinhos e dão toucinhos

Grita-se aos fartos da novela...
Até canta preciso A cappella...
E espanta o próprio ego
Quando mete mais um prego
No caixão da querela

É humano e animal
Este político de género antigo
Tem presença e Carnaval
No seu gesto de intento brutal
Mas que a nós, nos dá castigo

4 comentários:

Brunorix disse...

E eu que isto estudei
Não me lembro de cadeira assim
Onde da fama se faz engana
Onde quem é, não é quem chama
Não segui porque enganar não sei
Não reconheci a vontade em mim

Anónimo disse...

venha participar em www.luso-poemas.net

Madalena disse...

Usa nó bem dado na fala... É pelas palavras que eles nos levam à certa. Talvez fiquem um dia a falar sozinhos, ameaçamos nós do alto da nossa inocente ignorância. Eles põem o focinho na lama, se for preciso, para alcançar um favor qualquer...

Vitória Almeida disse...

Caro amigo Johny:

Como sabes encontro-me no Egipto. Estamos a fazer uma campanha sem dinheiro, tendo a Prof.ª Maria Helena Trindade Lopes feito um empréstimo ao banco para continuarmos com o nome de Portugal aqui. Entretanto a política oferece dois milhões de euros ao Tiago Monteiro. Quando li o teu poema, ri-me com ela. Genial! (para não variar)