Os desejos são salgados…
Têm seiva, resina, cuspo e suor.
Têm o gosto ambíguo de ser nosso e do devir.
Os desejos não são beijos…
Os desejos são desejos!
Se se tornam beijos, embora beijos,
Não são ensejos, quais cortejos,
Daquela cor que há-de surgir.
Os desejos são insónias…
Têm vinco, ruga, escara e ardor.
Têm o toque zimbrado do acordar e dormir.
Os desejos não são risos...
Os desejos são desejos!
Se se tornam risos, embora risos,
Não são juízos, quais precisos,
Daquela fé que há-de explodir.
E amanhã!...
Quando colheres do amar a concha
E do riso o seixo…
(Amanhã quando a língua
Parar o choro de ir pró queixo,
Provar o trago do desfecho,
E vir que o dia é já sem trecho),
Nesse amanhã,
(Salgado, amargo,
Com o sono a latir)
Verás que desejo é só desejo.
Mas se o quiseres tornar solfejo
Então deseja... Mas a sorrir.
Têm seiva, resina, cuspo e suor.
Têm o gosto ambíguo de ser nosso e do devir.
Os desejos não são beijos…
Os desejos são desejos!
Se se tornam beijos, embora beijos,
Não são ensejos, quais cortejos,
Daquela cor que há-de surgir.
Os desejos são insónias…
Têm vinco, ruga, escara e ardor.
Têm o toque zimbrado do acordar e dormir.
Os desejos não são risos...
Os desejos são desejos!
Se se tornam risos, embora risos,
Não são juízos, quais precisos,
Daquela fé que há-de explodir.
E amanhã!...
Quando colheres do amar a concha
E do riso o seixo…
(Amanhã quando a língua
Parar o choro de ir pró queixo,
Provar o trago do desfecho,
E vir que o dia é já sem trecho),
Nesse amanhã,
(Salgado, amargo,
Com o sono a latir)
Verás que desejo é só desejo.
Mas se o quiseres tornar solfejo
Então deseja... Mas a sorrir.
1 comentário:
Ainda nem se viu o primeiro e já tens material para o segundo!
Posso pedir um favor?!
Não deixes de escrever... nunca! E já agora sê amigo e partilha connosco! Vá lá, deixa sair cá pra fora esse dom que está aí dentro. Não sejas egoísta na tua arte, lança um, cria outro! Por favor...
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