30/09/2010

Quando me dás a mão

Andei de mãos mornas a apertar outras mãos mais ou menos semelhantes enquanto tentava jogar às promessas. E andei assim uns tempos. Posso até dizer-te que julguei, a dada altura, que tinha encontrado uma mão que encaixava na minha. Só que a temperatura das duas não aumentava. Não baixava.

Por acaso, e foi mesmo por acaso, encontrei-te a ti e à tua mão. Cheias de calor, mão e tu não me apertaram nunca. Não me sufocaram nunca. Abriram-me antes os dedos e as festas.
Puxaram-me para cima enquanto me obrigavam a subir de graus frios. Degraus que iam ficando mais fáceis e quentes à medida que chegava aí a cima, onde estás, e me deixavam ver o sorriso que tens, cheio de vontade de me dizer que me encontraste. Pois encontraste. Pois foi. Pois é.

A minha mão está agora contigo. O meu sorriso está agora igual ao teu. E a partir de agora subimos os dois, com as mãos juntas, até querermos dizer os dois que estamos cansados. Aí ficaremos os dois, amigos e amantes, a ver as mãos que fizemos continuarem a subir em busca das mãos que quiserem.

Eu quis a tua. E quando me dás a mão subo sempre mais um bocado.

Agora dá-me a mão outra vez e ouve esta música que me ensinaste a gostar.



Ps: Ainda fiquei mais adepto quando soube que quem compôs esta música foi o senhor Bob Dylan. Quem diria!

1 comentário:

Madalena disse...

Lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O amor acontece!!!! Beijinho aos dois