25/11/2008

De baraços cruzados

Um autor conta o se calhar sem que a regra diga, e a noção cale. Com a decisão de respeito, gosta de prosar para a fotografia para se sentar mais feliz.

Com a escrita o autor lava o reflexo, seja de espírito, de alma, de espelho da calma... E exalta vontades latas de encómios - porque ninguém escreve para si.

Um sujeito pré-indicado complementará um discurso directo na circunstância de um lugar e de um tempo, participando no presente para se tornar autor. E sem ter a certeza do que o torna e torneia só pode, como todos, chegar ao ponto final que diz que só o futuro é que é puro e seguro porque incerto. Maduro.


E se os baraços se cruzassem e a escrita não se fizesse?

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