13/07/2010

Terminal?

País
Estado
Figura?

Enorme
Ditado
Bravura?

Prazer
Inteiro
Rotura?

E agora?
Demora?

Escreve
Imprime
Moldura?

Foto
Grafia
Segura?

Acaba
Começa
Estrutura?

Para ti,
Para mim,
Quem jura?

Ponto
Página
Assinatura!

03/07/2010

Palavras para

Palavras para tudo.
Tudo são palavras.
São inquestionáveis precisas
Definições de veludo.

Põem-se palavras no mundo.
Mas pôr o mundo em palavras?...
Palavra é uma palavra.
E as Palavras um segundo.

Até eu tenho Palavra,
Só não tenho é letra certa.
Mas cultivo-me e trabalho
Na terra que a vontade lavra.

Palavras que se escrevem
E que se calhar todos conhecem.
Acordo? Apalavrado!
Poema? Palavreado!
E Amor é uma Palavra
Doença de que todos padecem.

Palavras que se lêem
E que se calhar ninguém vê.
Justiça? Palavra de ordem!
Confiança? Palavra de honra!
Palavras para tudo,
Palavras para quê?...

30/06/2010

A equipa Portuguesa, ou a Selecção

Já com o fim do meu trabalho à vista, e por "fim" entenda-se início de uma outra vida muito melhor porque mais lucrativa, ganhei um tempinho - apetece-me dizer "ganhei" em vez de "perdi" se não se importam - para vir aqui chutar um desabafo (não sei porque raio os termos estão a fugir-me para a vertente desportiva). Ei-lo:

Porrrrrrrrrrrrrra. Que trampa de jogo fizemos nós contra a Espanha! Foi mau. Muito, muito mau. Mau em tudo. Na táctica, na força, no espírito. Pois está claro que perdemos.

Já a Espanha jogou com segurança, sem protagonismos nem preconceitos, orgulho. E embora ser espanhol por esta altura também não deva ser fácil, o facto é que durante alguns dias, podem, nuestros hermanos, estar orgulhosos da homenagem mundial que lhes foi feita pelos seus seleccionados.

Sem querer armar-me em Chico, porque só sou esperto às vezes, e muito menos em pretensioso, porque também não sou Rui nem Santo(s), arrisco-me numa análise muito curta do jogo que envergonhou, posso dizer assim, Portugal.

Na primeira parte, e passado o primeiro "lusco-fusco" (5/7 minutos segundo Ricardo Araújo Pereira) de caudal ofensivo espanhol, e digo ofensivo porque nos ofendeu o orgulho, a nossa selecção ganhou rigor e calma e contrapôs a justiça, chegando mesmo a assustar o guardião espanhol com alguns remates perigosos.

Na segunda parte, se é que podemos dizer que o jogo teve efectivamente outra parte que não a primeira, vimos a Espanha a jogar futebol. E foi isto. Um golo, que embora até tenha sido marcado em fora-de-jogo, só não foi acompanhado de mais uns quantos porque o Eduardo, bom guarda-redes, evitou que o jogo tivesse um resultado semelhante ao Norte-Coreano.

Não há muito mais a dizer sobre uma equipa que não quis jogar mais do que aquilo. É verdade que a selecção espanhola, com a organização táctica que impôs, dificultou as acções ofensivas da nossa equipa, mas o que também é verdade é que não conseguimos jogar mais porque não quisemos. Se tivéssemos querido, e crido, tínhamos ganho, porque jogadores bons não nos faltam.

A culpa é do Queirós!? É o que alguns dizem... Eu não acho! Este senhor, que dizem que até é muito simpático, não sabe mais. Ou já se esqueceram da péssima qualificação que fizemos para o Mundial 2010 repleta de empates e derrotas contra países muito inferiores ao nosso!?... Este senhor foi o mesmo que enquanto treinador do Sporting só conseguiu ganhar uma Taça de Portugal, numa altura em que o Sporting Clube de Portugal tinha uma das melhores equipas de todos os tempos (é unânime até entre adeptos de clubes rivais). A culpa é do Queirós!? Quanto muito seria da Federação que decidiu colocá-lo lá como treinador, isso sim.

A culpa é do Cristiano Ronaldo!? É o que outro dizem... Eu também não acho! Este puto, com indubitável talento para o futebol, não sabe jogar na selecção. E julgo que não sabe por uma razão muito simples! Porque, e ao contrário dos clubes onde joga e jogou, na selecção nacional entende a língua que lhe falam. Julgo que o Ronaldo só é bom jogador nos clubes porque quando lhe dizem uma coisa em Inglês ou em Espanhol, acaba por fazer exactamente o contrário. Não entende peva. Mas lá que tem jeito para a bola, tem! Quando alguém lhe diz em Português: "Ronaldo centra... chuta...passa", o gajo centra mesmo...chuta mesmo...passa mesmo, e dá asneira. Deixem lá o puto sozinho a fazer o que ele sabe e vão ver se ele não vai jogar que se farta!

A culpa é de quem, então!? Não sei. Mas minha é que não é de certeza. Culpem a Espanha porque foi sobremaneira superior ao nosso futebol comezinho e tímido, temperado com a falta de patriotismo natural de alguns menos portugueses que envergam a nossa camisola. Mas não culpem o Queirós nem o Ronaldo. Um é incompetente e se não me engano, depois disto, vai treinar uma equipa qualquer no médio Oriente. Outro, é de facto um craque, mas com muito pouco jeito para receber ordens e muito mal formado na pessoa.

O rapaz é, e desculpem o meu calão, "fução"! Espera aí!... Como é que se escreve? "Fuço" ou "Fusso"? Se é com "Ç" deve ser diminutivo da palavra focinho e quer dizer que é como um cão que não larga quando morde qualquer coisa. Se é com dois "SS" vem da palavra fosso, ou fossório, e significa que é alguém que está apto para cavar.

Parodiando para concluir, podemos dizer que se o Ronaldo é "Fusso" e está apto para escavar, e se os arqueólogos estão aptos para escavar, então o Ronaldo é arqueólogo.

(Bolas, ainda que sabes jogar à bola ó Ronaldo. Caso contrário, estarias tu nesta altura a fazer um mestrado de uma coisa qualquer à espera de ganhar uma bolsa que nem chega aos mil euros mensais...)

13/04/2010

Piratas do Lote 7

Ao longe já se via terra. O Joel na cadeira de vigia gritava Capitão Capitão e o Vasco rodava o leme que tinha deixado de ser tupperware por umas horas.

A borrasca tinha sido forte e as velas de panos de loiça não tinham resistido ao temporal do quarto oceano. Finalmente estavam quase a desembarcar na praia do tapete da sala, onde - dizia-se - a areia era mais branca que lençóis de cama e a água mais azul que toalhas de banho.

Desembainhando a colher de espada, Vasco Capitão ordenava os seus homens para a terra a toda a brida. A fome de duas horas inteiras já se sentia nas barrigas...

Finalmente, os pés puderam chapinhar naquela bela praia de soalho coberto. Francisco soava a corneta do novo mundo enquanto alertava a chegada de outras gentes. Tinham sobrevivido. E ia começar a exploração daquela terra fantástica.

Eram 16h e 25m e a Adelaide chamou-os para o lanche. Poisaram as armas e os chapéus que não tinham mas lá estavam, e foram lanchar pensando na terra do 4º andar que ainda não tinha sido descoberta!

-"Capitão, temos outra grande viagem pela frente!"
-"Comam rapazes, temos de ser fortes para lutar contra os guerreiros do beliche! Amanhã zarpamos bem cedo...Ó mãe o Joel tirou-me sandes!!!"

28/12/2009

Último escrito do ano

Uma coisa é uma coisa. Uma cena. Nada de importante como é o texto.

Vi que palavras, invenções recentes da História porque necessárias, são até mais que coisas. Mas, como elas, somem-se e subtraem-se aos dias.

Disseram-me já tantas coisas...Cenas (cenas inteiras mesmo e sem calão)!

Dessas, guardo uma - cena sim - que não usaste em palavra. Apertaste-ma no peito...

...E ficou, como o respeito.

Foi depressa...E não passou.

Mas pecou por defeito!