13/04/2010

Piratas do Lote 7

Ao longe já se via terra. O Joel na cadeira de vigia gritava Capitão Capitão e o Vasco rodava o leme que tinha deixado de ser tupperware por umas horas.

A borrasca tinha sido forte e as velas de panos de loiça não tinham resistido ao temporal do quarto oceano. Finalmente estavam quase a desembarcar na praia do tapete da sala, onde - dizia-se - a areia era mais branca que lençóis de cama e a água mais azul que toalhas de banho.

Desembainhando a colher de espada, Vasco Capitão ordenava os seus homens para a terra a toda a brida. A fome de duas horas inteiras já se sentia nas barrigas...

Finalmente, os pés puderam chapinhar naquela bela praia de soalho coberto. Francisco soava a corneta do novo mundo enquanto alertava a chegada de outras gentes. Tinham sobrevivido. E ia começar a exploração daquela terra fantástica.

Eram 16h e 25m e a Adelaide chamou-os para o lanche. Poisaram as armas e os chapéus que não tinham mas lá estavam, e foram lanchar pensando na terra do 4º andar que ainda não tinha sido descoberta!

-"Capitão, temos outra grande viagem pela frente!"
-"Comam rapazes, temos de ser fortes para lutar contra os guerreiros do beliche! Amanhã zarpamos bem cedo...Ó mãe o Joel tirou-me sandes!!!"

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